Dentre os inúmeros benefícios do leite materno para o crescimento e desenvolvimento adequados dos bebês, está a presença, mesmo que em quantidades relativamente pequenas, dos ácidos graxos essenciais.
Tanto o ácido araquidônico (ARA), quanto o ácido docosahexaenoico (DHA) estão presentes nos glóbulos de gordura, na forma de triglicerídeos e, secundariamente, em fosfolipídeos (fosfatidiletanolamina, fosfatidilcolina, esfingomielina, fosfatidilserina e fosfatidilinositol).
Em relação ao ácido araquidônico no leite humano, sua presença influencia a formação de uma variedade de moléculas bioativas, incluindo as prostaglandinas. Esses componentes irão beneficiar os lactentes em diferentes tecidos, tais como:
– Proteção e auxílio na motilidade intestinal;
– Modulação da inflamação, pois atuam como sinalizadores;
– Papel no início da resposta da sucção do leite;
– Modulação da saciedade e metabolismo energético;
– Desenvolvimento cerebral.
Desta forma, cuidar da alimentação materna para que haja uma boa variedade no consumo de gorduras, incluindo fontes de gorduras poli-insaturadas em quantidades adequadas é garantir que o ácido araquidônico pré formado esteja presente no leite e exerça todos os benefícios citados acima ao bebê amamentado.
Vale mencionar que a recomendação para quando a mãe não puder amamentar, é que a fórmula indicada tenha a adição de DHA e ARA.
Referência
Salem, N. Jr .; Van Dael, P. Ácido araquidônico no leite humano. Nutrientes 2020 , 12 , 626.