Nesse mês temos uma importante campanha que merece a atenção de todos: “Setembro Amarelo”. No Brasil, aproximadamente 12 mil casos de suicídio são registrados todos os anos, com quase 97% desses associados a algum transtorno psiquiátrico (1).
É com o objetivo de reduzir esses números que todos precisam estar envolvidos nesse movimento. Os profissionais da saúde podem, e devem, ser os principais capacitados na identificação de possíveis sinais de atenção. Então, teria o nutricionista um papel nesse cenário?
O modelo terapêutico baseado na escuta ativa possibilita o profissional a receber muitos relatos pessoais, os quais podem indicar sinais para depressão ou comportamentos de possível risco para suicídio.
Para esses casos, mesmo que o nutricionista não seja apto para avaliá-los, o mesmo pode estar atento aos sinais e realizar o devido encaminhamento para um psicólogo, principalmente devido ao vínculo terapêutico já existente com o cliente.
Também é importante ressaltar que muitos nutricionistas atendem pessoas com transtornos alimentares, para esse público, a atenção deve ser redobrada.
Dois estudos brasileiros apontaram maior risco para suicídio entre pessoas com sintomas para transtornos alimentares, sendo esse agravado quando também havia sintomatologia de depressão (2,3).
Há uma correlação entre transtornos alimentares e risco para suicídio, mas ainda não há clareza sobre essa associação, ou seja, se a presença do transtorno alimentar pode ser considerado um fator de risco para suicídio (4).
Porém, esse é um dado importante a ser considerado na conduta clínica do nutricionista, para que esse esteja mais atento aos possíveis sinais e mais preparado para realizar um encaminhamento profissional.
Assim, o nutricionista pode ser mais uma “porta de entrada” para o atendimento desse público que precisa de suporte e atenção profissional. Além de psicólogos parceiros, você também pode indicar os canais do Centro de Valorização da Vida !
Até mais!