Há diversos cuidados nutricionais que são requeridos durante o período da gestação e lactação. Adequações na alimentação são muito importantes, pois é preciso garantir o desenvolvimento fetal, e da criança após o nascimento, além da nutrição de quem gesta e amamenta (1).
Por uma demanda nutricional aumentada durante essas etapas da vida, só a ingestão alimentar nem sempre atende às necessidades, por isso a suplementação tem um papel muito importante (2).
Quais são as novidades na nutrição para gestantes quanto à suplementação? Por aqui no Allivici sempre buscamos referências atualizadas para manter o profissional atualizado.
Pensando nisso, no texto de hoje, segue o resumo de um artigo científico que avaliou o impacto da suplementação de Moringa oleifera para gestantes e lactantes.
Introdução
O consumo nutricional da gestante ou lactante impacta diretamente no desenvolvimento do feto e da criança. Inclusive, a prática da amamentação é indicada para prevenção de deficiências nutricionais.
Moringa oleifera é uma planta conhecida por propriedades medicinais, além de conter uma composição nutricional rica em vitaminas e minerais, como ferro, cálcio e vitamina C. O seu uso também tem sido utilizado para aumentar a produção de leite materno.
No artigo em questão, estudos atestando a segurança e dosagem de uso foram avaliados.
Métodos
Uma revisão sistemática foi conduzida para avaliar o impacto do consumo de Moringa em mulheres gestantes ou lactantes. Os doze estudos selecionados foram publicados entre 2018 e 2023, com grupo controle e realizados apenas com humanos.
Resultados e Discussão
Moringa e gestação
A anemia é uma das complicações clínicas mais frequentes durante a gestação e a deficiência de ferro impacta no desenvolvimento fetal.
A suplementação de moringa oleifera demonstrou aumentar o nível de hemoglobina e melhora dos parâmetros VCM, HCM e CHCM; em comparação ao uso de suplementos com ferro e ácido fólico. Esses resultados podem ser atribuídos à concentração de ferro na composição da planta.
As doses utilizadas nos estudos avaliados variaram, em média, de 500 mg a 1.6 g, na forma de extract, powder e até mesmo presente em receitas. Em doses mais altas o consumo era fragmentado ao longo do dia.
Moringa e amamentação
Moringa oleifera também é estudada por ser uma substância classificada como galactagogo, ou seja, que promove o início e a manutenção da produção adequada de leite em mamíferos. Também aumenta a produção de prolactina e ocitocina.
Entre os artigos selecionados, alguns avaliaram o maior crescimento e ganho de peso nas crianças em que as mães consumiram produtos com Moringa. Esses efeitos também podem ser atribuídos ao maior consumo de polifenóis e nutrientes com a suplementação em questão.
Conclusão
Há indícios de que pode ser uma suplementação interessante para prevenir deficiências nutricionais, mas novos estudos são necessários para monitorar dosagem e efeitos adversos.
Confira o artigo na íntegra aqui: https://www.mdpi.com/2072-6643/15/12/2674
Até mais!