A nossa homenagem vem em forma de reflexão sobre o quanto ser nutricionista pode influenciar na maternagem. Feliz Dia das Mães!
Recado importante: esse texto expressa uma opinião pessoal, ou seja, não é um aconselhamento profissional e você não precisa concordar comigo! Boa leitura 🙂
Eu não sou mãe. Talvez não seja a melhor pessoa para escrever sobre esse assunto? Provavelmente. Falar sobre isso surgiu de uma reflexão constante nos últimos meses sobre como algumas profissões “invadem” a vida pessoal. Para mim, a nutrição é uma delas.
Digo isso porque comemos todos os dias, várias vezes ao dia, e com certeza o faremos até o fim de nossas vidas. Já pensou como para o nutricionista é difícil “apenas comer”? Sem analisar a própria refeição com um olhar clínico? Claro, há um lado positivo, mas há outros negativos que merecem atenção.
Quando um nutricionista é mãe (ou pai) imagino que essa atenção se estenda para a alimentação da criança, a qual é parte de você e de sua responsabilidade cuidar e nutrir. Torna-se difícil desligar o “modo nutricionista”, mas já pensou o quanto isso é necessário?
Assim como para um psicólogo não seria benéfico analisar constantemente o comportamento de um filho, para nós, talvez não seja a melhor alternativa agir como nutricionistas em casa, e sim como mães. O cuidado excessivo em torno da alimentação não é saudável aos adultos, muito menos às crianças.
“Em tempos alarmantes a comida pode parecer um jeito de manter seu filho a salvo do perigo (…), mas mantê-los numa bolha em que todos os alimentos sejam nutricionalmente perfeitos não é a maneira de protegê-las. As crianças precisam desenvolver a habilidade de navegar nesse ambiente por si mesmas.” – Bee Wilson
Escrevendo sobre esse assunto lembrei de um podcast que escutei.
Um dos tópicos era justamente sobre o excesso de cuidados em torno da alimentação. Será que essa é a melhor forma de cuidado, ou não pode ser a origem de uma visão inadequada sobre o que é ser saudável? Cito a fala de uma das mães participantes, que é nutricionista, para finalizar esse assunto tão importante:
“(…) tratar alimentos de forma neutra, sem julgamento moral sobre a comida, é um dos maiores fatores, ambiente protetores, que você pode oferecer ao seu filho.”
Para acesso ao episódio do podcast citado acesse esse link 🙂
Até mais!