No texto de hoje vamos conhecer um pouco mais sobre os possíveis tratamentos para pacientes com Síndrome do Intestino Irritável.
O artigo em questão avaliou o papel que a microbiota intestinal exerce nessa condição de saúde, além de explicar com profundidade a eficácia de probióticos, prebióticos, simbióticos e do transplante de microbiota fecal.
Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma condição crônica de saúde muito comum entre as doenças gastrointestinais. É caracterizada por dores recorrentes, distensão abdominal e hábito intestinal irregular.
O diagnóstico é médico e baseado em critérios clínicos, que consideram os sintomas, além da intensidade e recorrência dos mesmos. Também é importante uma prévia exclusão de outras condições comuns, como intolerâncias e alergias alimentares.
Existem muitos fatores que interferem na ocorrência e progressão da doença, como:
- nível de função e inflamação intestinal;
- a capacidade de resposta do sistema imunológico;
- quadros de disbiose e estresse psicológico;
- desregulação do eixo microbiota-intestino-cérebro.
Muitos estudos já demonstraram que existe diferença no perfil de microbiota intestinal entre os pacientes saudáveis e aqueles com síndrome do intestino irritável.
Por exemplo, pacientes com ISS apresentam maior abundância de Enterobacteriaceae, Streptococcus, Clostridium, Gemella e Ruminococcus. Além de menor expressão para Roseburia e Faecalibacterium.
No entanto, ainda não existe um método em comum nos estudos que controle fatores que são importantes e interferentes nos resultados, como: idade, gênero, raça, dieta e consumo de antibióticos.
Os tratamentos convencionais focam na redução do sintoma e no uso de medicamentos como loperamida para diarreia e laxativos para constipação. Mas, existem alternativas limitadas para distensão e dor abdominal.
Além disso, conforme as pesquisas avançam fica mais evidente o impacto que a microbiota intestinal exerce na fisiopatologia da ISS. Dessa forma, probióticos e similares ganham espaço como possibilidade de tratamento.
A principal consequência para o paciente está no impacto para a sua qualidade de vida, pois o mesmo pode deixar de se alimentar “normalmente” com receio de novas crises. Por isso, o tratamento e acompanhamento com uma equipe multiprofissional é essencial!
Explicaremos mais sobre os possíveis tratamentos e a relevância de cada um para a literatura científica no próximo texto. Confira o artigo na íntegra: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38999862/
Até mais!